Trocando papéis

Quem aqui nunca foi advertido por fazer algo que era "coisa de homem" ou "coisa de mulher"? Eu, por exemplo, já passei por isso inúmeras vezes, quando me diziam que "mulher que fala palavrão é muito feio" ou, a mais antiga que eu me lembro e talvez a mais marcante, quando meu pai brigava comigo por eu, ainda criança, sentar de pernas abertas. Sabe? Que nem um menino. Mas não sou só eu que sofre com isso. Lembra quando homens não podiam usar rosa? Pois é, não faz muito tempo. Ou, ainda, quantas vezes você já ouviu que mulheres são melhores na cozinha do que os homens ou qualquer outra das milhões de frases assim?

Por que o Mais Médicos tá causando tanto barulho na casa?

Jornalista Micheline Borges faz publicação no Facebook dizendo que médicas
 cubanas parecem com empregadas domésticas.
Ela deletou sua conta na rede social após a repercussão de suas declarações
Há quase dois meses o Governo Federal lançou o programa Mais Médicos, que tem o objetivo de aumentar o número de médicos atuantes na rede pública de saúde em regiões carentes, principalmente nas cidades interioranas. Para isso, “importaria” médicos estrangeiros, como de Cuba. A notícia causou o maior alvoroço desde seu anúncio até o momento atual, quando os cubanos já estão no Brasil. Mas por que tanto medo/ódio/aversão a esses profissionais? Vou levantar algumas... hipóteses.

Refúgio tecnológico

Olá, meu jovem gafanhoto! Você, que provavelmente tem um celular, um computador, um videogame ou ainda todos os três, deve ter percebido como o mundo tecnológico avançou e que, hoje em dia, somos capazes de experimentar coisas que antes só eram possíveis de se ver em filmes de ficção científica e nota que, a cada dia que passa, novas coisas inimagináveis vêm surgindo. Porém, meu foco não é o crescimento da área de T.I., mas sim a interatividade e, em alguns casos, a dependência de tecnologia.

A Paris de Woody Allen


Dirigido e roteirizado por Woody Allen, Meia-Noite em Paris é, para mim, uma das melhores histórias do cineasta. A impressão que temos é que Paris e Allen aguardavam por esse encontro há tempos, o que resultou em um filme fantástico. Woody Allen, através do filme, exalta Paris e faz uma homenagem aos seus artistas preferidos.

Imagina na Copa



Sabe aquela vontade de ajudar o país ou a própria cidade, mas não sabe como? Problemas com o lixo, poluição, trânsito etc? O Imagina na Copa reúne diversas histórias de projetos que estão contribuindo de alguma forma para um país melhor, além de convocar missões para que todos possam agir coletivamente a partir de ações simples, mas muito significativas, e incentivar todos aqueles que ainda não sabem por onde começar. Um desafio de mudança até 2014.

Um "q" de simplicidade

Markus Frank Zusak, ou apenas Markus Zusak, autor de livros para jovens como "O Azarão", "Bom de Briga", "A Garota Que Eu Quero" e "Eu Sou o Mensageiro", é um escritor australiano famoso pela sua obra-prima "A Menina Que Roubava Livros". Lembrou? Pois é, muitas pessoas já o leram e é muito difícil encontrar um leitor que tenha se decepcionado com o mesmo. Por quê? Simplesmente porque Zusak conseguiu, de uma forma brilhante e leve, contar um pouco da história da Alemanha Nazista, ou do "outro lado da Alemanha Nazista", como ele mesmo disse, já que ele procura abordar o lado "rebelde" de alguns dos alemães que se recusavam a seguir determinadas regras impostas pelos nazistas, que escondiam judeus em seus porões etc.

À flor da pele

Se você é um jovem que se interessa por esse extenso mundo das séries, você, provavelmente, já deve ter ouvido falar sobre a série inglesa Skins ("Juventude à Flor da Pele", no Brasil). O que você pode não saber é que, recentemente, sua última temporada foi ao ar, finalizando assim uma das melhores séries de drama já feitas e se despedindo, definitivamente dessa vez, de sua legião de fãs. E é sobre essa série, a qual me marcou bastante, que irei tratar.

Fim da MTV. Como assim? E agora?

Na foto, a geração de VJs que mais fez sucesso nos últimos anos.

Perto de completar 23 anos, o MTV Brasil vai fechar. Pois é, o grupo Abril, que licenciava a marca aqui no Brasil, tomou essa decisão há um tempinho, chocando - ou não - o público. O canal fez história durante toda sua trajetória, marcando diversas gerações e mudando a televisão brasileira. E agora, o que esse fim representa?

O caso de Paranapanema e seu (ex)prefeito


No dia 31 de julho deste ano, algo inesperado aconteceu na cidade de Paranapanema, no interior de São Paulo: o prefeito renunciou ao cargo. A justificativa? Trabalho demais, salário de menos. O ginecologista Márcio Faber, antes de assumir a prefeitura desse município, possuía uma renda mensal de aproximadamente 30 mil reais como médico, salário este que caiu para 5,8 mil reais atuando como prefeito. Obviamente que, ao se candidatar, Faber já tinha conhecimento de quanto receberia mensalmente, no entanto, declarou achar que conseguiria conciliar os dois empregos. Após ser eleito, porém, essa conciliação não foi assim tão simples, uma vez que tanto o exercício da medicina quanto a administração bem feita de uma cidade exigem disponibilidade de tempo e dedicação. Aliando isso ao fato de que, segundo o médico, não está clara na lei a possibilidade de um prefeito manter uma segunda profissão, ele preferiu a renuncia à possibilidade de cassação do seu mandato. Preferiu manter seu estilo de vida honestamente exercendo sua antiga profissão a utilizar dos recursos do município para tal, como o próprio declarou quando interrogado sobre sua decisão.

Oldboy

Nada melhor do que ver sangue e gente morrendo, não é? Que tal um pouco de vingança? Calma, meu gafanhoto. Não odeio ninguém mentira e nem sequer pensaria em fazer mal a alguém. Vim aqui apenas trazer para você, que deve estar entediado após essas férias, uma boa recomendação de filme.

Trago para vocês um filme oriental de um dos meus diretores favoritos – não, dessa vez não é o Miyazaki –, o segundo filme de uma Trilogia de Vingança, “Oldboy”, dirigido por Chan-wook Park, lançado mundialmente em 2003 e vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes em 2004.

Baseado em um mangá escrito por Garon Tsuchiya e ilustrado por Nobuaki Minegishi, o filme conta a história de Oh Dae-Su (Choi Min-sik), um homem que foi sequestrado sem motivos e aprisionado em um quarto por 15 anos. Sem se conformar com o ocorrido, após sair do enclausuramento Dae-Su decide procurar quem o aprisionou, em busca de vingança. Mas, no final, será que a vingança era realmente o que Dae-Su procurava? Encontrando o culpado, descobrindo o amor, revelações e lembranças do passado, nosso protagonista com nervos de aço teve de enfrentar muito terror, físico e psicológico. Será que tudo isso valeu a pena?

O lego abissal de Eliane Brum

Ela, o bloquinho. As pessoas, a caneta. A tinta, a vida que segue e finda, mas deixa marcas na história. É sempre com esses elementos que Eliane Brum apura a complexidade da vida real e a converte em história escrita. Mas só consegue obter êxito porque ela se esvazia, por um momento, de sua vida para ser preenchida por outras.

No sentido que o filósofo inglês John Locke (1632-1704) atribui à frase, vejo Eliane Brum como uma “folha de papel em branco”, disposta a ser preenchida com histórias de (supostas) pessoas comuns. “É uma escolha política”, diria ela. Mistura-se tanto às narrativas da vida alheia ao ponto de tomar decisões decisivas, como reapropriar-se de seu tempo. Também pode ficar doente, perder ou ganhar peso e adquirir — sem pretensão, claro — três hérnias cervicais. O que não muda nesse processo é seu abissal desafio pessoal de mostrar que cada vida é extraordinária, porque “a gente só existe como narrativa”.

Pequena Jazz

Se perguntando por que tem uma foto de um menino e o título é "Pequena Jazz"? Fácil, isso é porque a pequena Jazz, na verdade, nasceu como um menino biologicamente perfeito e, como sua mãe mesmo explicou, sem nenhuma anomalia cromossômica ou nada do tipo. O que aconteceu, no entanto, é que esse menininho percebeu que algo estava errado e  que deveria, na verdade, ser  uma menininha. Assim sendo, foi, aos três anos de idade, diagnosticado com transtorno de identidade de gênero.

Mas isso de uma hora pra outra? Não, segundo seus pais, seus dois irmãos e sua irmã mais velhos, Jazz nunca foi um menino. De acordo com eles, desde bebê, Jazz preferia roupas e brinquedos de menina e seus pais não se recordam de ela um dia ter se identificado com a sua condição biológica. Um fato interessante a respeito disso, foi quando ela, aos 2 anos de idade, perguntava a sua mãe quando a fada madrinha viria para trocar sua genitália.

Cidade para todos nós

Nos últimos meses, as ruas brasileiras foram palco de muitas, muitas manifestações. Várias bandeiras foram levantadas a respeito de diversos assuntos: Passe Livre, Ato Médico, PECs, royalties do Pré-Sal para a educação, "cura gay" etc, mas o que, pessoalmente, achei que não foi discutido o suficiente foi a questão das melhorias das cidades como um todo. Ok, reclamou-se do trânsito e da corrupção, mas o debate sobre a estrutura da cidade não ganhou a atenção devida. É por isso que resolvi falar disso, agora que a poeira baixou e a gente pode pensar com mais calma.

Reinado


Quem diria que um dia eu seria parte de um blog com amigos e que isso me proporcionaria, e promete proporcionar ainda mais, coisas maravilhosas. Afinal, já faz mais de um ano que estreei como colunista e comecei a levar essa história de escrever a sério. E é nesse clima saudosista que, novamente, falarei sobre mais uma de minhas paixões musicais, Kanye West - sendo inspirado pelo meu texto de estreia, "Hermanos", o qual, inclusive, se não me falha a memória, foi o primeiro texto de um colunista publicado no blog e que, se você também o leu na época em que foi publicado, isso significa bastante para mim e para toda a equipe do Fragmentos.

Mas vamos ao que realmente interessa: o lindo do Kanye a música. Essa não é a primeira vez que Kanye aparece por aqui, eu mesmo já o citei quando falei sobre gostos musicais, no texto "Harmônico". Apesar de Kanye não ser apenas um rapper, mas, sim, um artista - já que, além de fazer parte do cenário musical, ele também se aventura no mundo do cinema e da moda - meu foco será em sua música, a qual me surpreende e me encanta a cada novo projeto seu.